Alguém encontrou este rascunho perdido:
«Quase consigo sentir-te ao meu lado enquanto escrevo, ainda sinto o teu cheiro e não imaginas o quanto gosto dele.
Todas as noites durmo, sonho, sonho contigo, comigo, connosco, juntos, às vezes entre dunas, olhando o céu e com as mãos entrelaçadas, num toque terno e suave, outras vezes sonho connosco vendo um anoitecer tardio num daqueles campos cheios de flores selvagens, sons da natureza e cheiro a folhas de laranjeira, sonho muitas, muitas vezes, não consigo saber mas tenho quase a certeza que em todos os minutos do meu sono e quando estou com os olhos bem abertos lembro, relembro, várias vezes a mais maravilhosa e mágica tarde que já vivi. Cada toque, cada olhar, cada sorriso,... Não me canso de rever tudo e sei que nunca me vou cansar. (Cansei)
Quero-te agradecer por tantas, tantas coisas, por seres o amigo que és (que já foste), por me ensinares o verdadeiro lado do amor, da vida,... Por me avivares o sorriso que há muito não era estimulado no meu rosto, por me perceberes, por tudo.
Não consigo expressar o quanto te amo, mas acredita que é muito, muito mais do que qualquer pessoa possa imaginar, muito mais do que alguém já amou. (Estava demasiado tonta, se fosse assim tanto amor nunca te tinha esquecido - Mas será que esqueci?)
Grande parte do meu ser és tu e eu já não sei se sei viver sem ti. (Definitivamente consigo viver sem ti. Vivo sem ti.)»
E esse alguém leu o rascunho (sem autorização), chorou no final e fez-me lembrar do que não queria.